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Justificativa:
No Brasil, os idosos representam cerca de 10% da população geral. O censo de 2000 informou que, dos 169,5 milhões de brasileiros, 15,5 milhões têm 60 anos ou mais, sendo que projeções apontam um crescimento desse grupo populacional para 18 milhões até 2010 e 25 milhões até 2025 (IBGE, 2006). As condições de vida dos idosos e sua qualidade de vida vêm sendo cada vez mais discutidas. Em 2003, o Congresso Nacional Brasileiro, decretou e sanciono o Estatuto do Idoso e as seguintes Leis:
Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
Art. 5o A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.
Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.
Nesse sentido, a preocupação com as condições de vida dos idosos, aumentou e criou uma grande linha de estudo relacionada à “qualidade de vida”, expressão que apresenta várias vertentes, que compreendem desde um conceito popular, amplamente utilizado em relação a sentimentos e emoções, relações pessoais, eventos profissionais, propagandas da mídia, política, sistemas de saúde, atividades de apoio social, dentre outros, até a perspectiva científica, com vários significados na literatura médica como condições de saúde e funcionamento social (FLECK et.al, 1999).
A relevância científica e social de se investigar as condições que interferem no bem-estar da população e os fatores associados à qualidade de vida de idosos, estimulam a criação e implementação de propostas, tanto em programas geriátricos quanto em políticas sociais gerais, no intuito de promover o bem-estar dos que envelhecem (PEREIRA & COL, 2006).
Partindo desse princípio, um grupo de estudiosos em qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (OMS), The WHOQOL Group, propôs um conceito para qualidade de vida subjetivo, multidimensional e que inclui elementos positivos e negativos: “qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
É um conceito amplo e complexo, que engloba a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente (ORLEY & KUYKEN, 1994).
O presente projeto de extensão intitulado “Fisioterapia Geriátrica: atenção básica ao idoso em bairros carentes e instituições de acolhimento”, apresentado junto ao Centro de Estudo e Pesquisa do Desenvolvimento Regional (CEPeD/UNIFAFIBE), tem por finalidade criar um grupo de alunos/ profissionais capazes de desenvolver um trabalho voluntário de auxílio ao idoso carente do município de Bebedouro/ SP. Temos como objetivo, gerar reflexão acerca do tema buscando compreender os paradigmas da bioética voltados à humanização e socialização de ações voltadas ao bem estar, sustentabilidade e melhora da qualidade de vida de idosos carentes. Partindo daí, criar uma rotina de avaliação e atendimentos fisioterapêuticos frente às reais condições e necessidades da população idosa carente e institucionalizada.
Objetivos:
- Avaliar a qualidade de vida da população idos do bairro Jd. União I (Bebedouro/ SP).
- Identificar as necessidades básicas dos idosos de bairros carentes da cidade de Bebedouro.
- Criar propostas de intervenção para melhoria da qualidade de vida dos idosos.
- Caracterizar o UNIFAFIBE como Centro de Referência em Pesquisas Científicas, Clínicas e Comportamentais no âmbito de Qualidade de Vida, como Instituição voltada à questões Sociais e Humanas.
Instituições Envolvidas: Centro Universitário UNIFAFIBE, Educandário e asilos Lucas Evangelista, Lar do Idoso Servas do Senhor, Recanto São Vicente de Paula, Vila Vicentina.
Público-alvo: graduandos em fisioterapia e áreas da saúde.
Prof. Responsável: Prof. Ms. Luciano Maia Alves Ferreira
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