O aluno Adriano Frank Delvino, do curso de Psicologia, conta um pouco de como tem sido suas experiências com o intercâmbio durante o Programa de Bolsas Ibero-Americanas do Santander Universidades, em Lima, no Peru.
“O intercâmbio representa a reconceitualização de tudo o que sei sobre o outro, sobre a formação de uma cultura, sobre a comunicação de um povo, sobre a grande área da Psicologia e, principalmente, tudo o que sei sobre mim. Essa nova fase está permitindo compreender melhor o funcionamento do homem em relação ao contexto socioambiental em que vive.
Hoje vejo claramente o quanto as relações interpessoais e o estilo de vida contribuem na construção de uma cultura. Essa é uma visão que só quem convive diariamente absorvendo tudo ao redor consegue dimensionar, assim como o despertar de um dia entre buzinas de carros e pessoas correndo nas avenidas principais, uma tarde de conhecimento nos monumentos históricos pela cidade ou um belo pôr do sol servido de uma deliciosa comida típica. Isso tudo faz parte de uma percepção que não é transmitida por fotos, vídeos, relatos pessoais ou outra forma de explicação, ela simplesmente é adquirida através da vivência.
Viver em outro país é começar do zero. Este ponto, sem dúvida, é a aprendizagem mais enriquecedora de todo o período do intercâmbio até o momento, porque me vi diante do desconhecido longe da família e dos amigos, sendo assim tive que me reconstruir sozinho. Explorar o novo fez com que eu descobrisse recursos e habilidades pessoais para que pouco a pouco fosse me moldando e, consequentemente, me adaptando ao novo estilo de vida. Agora sinto que faço parte de um lugar, e já posso contar com pessoas e amigos que me querem bem, tive sorte em encontrar as pessoas certas. Todo esse processo é sair da condição de hesitante para de um aventureiro.
Estudar Psicologia em outro país tem exigido mais de mim, porque além da diferença do idioma também encontrei diferenças na metodologia de ensino-aprendizagem entre os alunos e professores. Por conta disto tenho que estudar de maneiras diferentes para conseguir um rendimento melhor. Isso me fez mais crítico em relação aos meus estudos para onde quer que vá. Sempre que possível contribuo de alguma forma tudo que aprendi no UNIFAFIBE e também coisas sobre o Brasil, exerço essa reciprocidade cultural porque é um dos objetivos do intercâmbio e também porque me orgulho disso.
Estou vivendo experiências maravilhosas como nunca um dia antes, amadurecendo de maneira significativa em um curto período de tempo, e aperfeiçoando meus conhecimentos gerais e específicos, que no caso é a Psicologia. Tudo isso só foi possível devido a minha dedicação aos estudos e a oportunidade que me foi dada pelo UNIFAFIBE, que tenho muito a agradecer. Portanto hoje digo, se dedique aos estudos e estude onde te reconheçam, ambos só tem a ganharem.
Obrigado UNIFAFIBE! Obrigado SANTANDER UNIVERSIDADES!"
Criado em 2011, o Programa de Bolsas Ibero-Americanas é resultado do II Encontro de Reitores em Guadalajara, no México, em 2010, cujo objetivo é estreitar o relacionamento entre universitários, jovem pesquisador e universidades da região Ibero-Americana.
Voltado para estudantes de graduação, o Programa concede bolsas estudo equivalente a 3.000 euros, para um curso de até 6 meses em um dos 9 países participantes: Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México, Uruguai, Porto Rico, Peru e Portugal. Este ano serão 850 bolsas distribuídas para as 129 universidades brasileiras participantes.
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